Uma das formas de manter a boa qualidade de vida é abrir espaços na correria do cotidiano para viagens. Porém, parte das pessoas apresenta disposição para a trombose, doença que pode prejudicar o deslocamento até o local do passeio, seja para férias ou trabalho. Por isso, o Dr. Flávio Dias de Oliveira, clínico geral da Hapvida NotreDame Intermédica, alerta para os cuidados com a doença que afeta cerca de 180 mil pessoas por ano no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Em 16 de setembro, o calendário marca o Dia Nacional de Prevenção à Trombose, data que tem como objetivo conscientizar a população sobre essa doença que pode gerar complicações e até levar à morte. “Porém, se o paciente entender os fatores de risco, fizer exames regulares e seguir as recomendações médicas, há uma grande chance de que ele tenha uma vida com qualidade”, afirma Dr. Flávio.
Na maioria dos pacientes, os casos resultam da aterosclerose – quando há excesso de gordura nas paredes da artéria, dificultando o fluxo sanguíneo. Formam-se, então, os coágulos, chamados de trombos. O tipo mais comum da doença é a Trombose Venosa Profunda (TVP), mas também há casos de Trombose Arterial.
“Esses trombos aparecem em uma ou mais veias nos membros inferiores, geralmente nas coxas e nas pernas”, explica o médico. Parte dos casos da TVP está relacionada a viagens de longa duração, quando a circulação sanguínea fica represada e há pouca movimentação das pernas. Longos percursos rodoviários ou feitos em aviões podem ocasionar a “trombose dos viajantes”.
Nesses casos, uma das recomendações é levantar e caminhar um pouco. Beber bastante água, evitar roupas apertadas e usar meias de compressão também ajudam na circulação.
Menos comuns, os casos arteriais também afetam a circulação. O excesso de gordura no sangue pode ser uma causa, ocasionando ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou embolia.
Sintomas e prevenção
Alguns dos principais sintomas são dor, vermelhidão, calor e rigidez muscular na parte afetada. Dr. Flávio alerta também pacientes que passaram por cirurgias. “A pouca movimentação durante um longo período pós-cirúrgico requer cuidado”, revela.
Recentemente, o Ministério da Saúde citou outros fatores de risco, como o histórico familiar, o envelhecimento e a obesidade. Porém, um estilo de vida saudável ajuda na prevenção. Não passar muito tempo deitado ou sentado, evitar o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas, e buscar auxílio médico para tratar as varizes são ações recomendáveis.
As mulheres devem ter um cuidado especial com questões como uso de hormônios e anticoncepcionais, além da gravidez e parto. “Uma avaliação clínica feita periodicamente ajudará na prevenção da trombose”, reforça o médico.