Amamentação reduz risco de hemorragia e auxilia na recuperação do útero, afirmaespecialista

O aleitamento materno é uma prática essencial para a saúde e o bem-estar tanto do bebê quanto da mãe. É um vínculo único e especial que se forma entre eles, oferecendo benefícios que não podem ser adquiridos por qualquer outro método de alimentação.

Maiton Fredson, neonatologista e pediatra do Hapvida NotreDame Intermédica,  explica que o leite materno fornece todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável nos primeiros meses de vida do bebê, garantindo um crescimento adequado e fortalecendo o sistema imunológico.

“O leite materno contém anticorpos que protegem o bebê contra infecções, alergias e outras doenças, ajudando  a prevenir problemas respiratórios e gastrointestinais”, alerta o especialista.

Segundo o médico, o aleitamento materno também é benéfico para a mãe. “Durante a amamentação, o corpo da mulher libera ocitocina, um hormônio que ajuda a contrair o útero após o parto, reduzindo o risco de hemorragia e auxiliando na recuperação do útero ao seu tamanho normal. Além disso, a prática pode ajudar a mãe a perder o peso adquirido durante a gravidez, pois a queima de calorias é aumentada nesse processo”, afirma ele.

Maiton destaca que o ato de amamentar também promove uma conexão emocional única entre mãe e bebê, criando laços afetivos e proporcionando um sentimento de segurança para a criança.

“Essa interação constante entre mãe e bebê é fundamental para o desenvolvimento emocional e cognitivo do pequeno”, detalha.

Apesar de todas as vantagens do aleitamento materno, algumas mulheres podem encontrar desafios para amamentar e é essencial que elas recebam o suporte e a orientação necessários para superar essas dificuldades, esclarece o pediatra do Hapvida NotreDame Intermédica.

“Os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiras e consultores de lactação, podem desempenhar um papel crucial ao fornecer informações e apoio adequados às mães durante a amamentação. Apoiar essa prática é garantir a saúde de toda uma geração futura”, destaca ele.

A importância da amamentação para o pleno desenvolvimento das crianças é tema da campanha Agosto Dourado, criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Dados dessas instituições revelam que cerca de 6 milhões de vidas são salvas todos os anos por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida da criança.

No Brasil, conforme levantamentos da OMS, apenas 39% dos bebês são amamentados com exclusividade até os 5 meses de vida.