A gravidez faz parte da vida de muitas mulheres. Para algumas, o sonho de ser mãe pode trazer alguns conflitos ainda na gestação, por isso a importância de cuidar da saúde mental. É comum encontrar mães que sofrem com algum tipo de transtorno do estado de ânimo e ansiedade, no período da gestação até depois do nascimento do bebê.
Um fator prejudicial disso é que, além de pouco falado, o problema também costuma ser evitado ou escondido pelas próprias mulheres, por medo de serem associadas a estereótipos como, por exemplo, os da “mãe ruim” ou “desnaturada”, por não expressarem os sentimentos de alegria e plenitude esperados pela sociedade.
Saúde da mente
A gravidez pode ser um estágio de crise na vida da mulher. Um estágio normal, mas que marca um período de transições, ocorrendo mudanças de identidade, uma nova definição de papéis. E isso pode acarretar na mulher uma série de reações, sentimentos, fantasias e expectativas.
Da mesma forma como a maternidade pode ser encarada com satisfação e alegria, ela também pode trazer medos e sofrimento. Vai depender da particularidade de cada mulher. É preciso saber ouvi-la para compreender melhor sua singularidade.
Um dos problemas de saúde mental materna mais comuns no Brasil é a depressão pós-parto. Por isso, é importante dar muita ênfase nessa questão porque esses quadros de depressão, quando não são tratados durante a gravidez, podem aumentar risco de exposição da mulher a vícios, como cigarro, álcool e outras drogas. Além de desnutrição, dificuldade de seguir orientações médicas no pré-natal e diminuição da frequência nas consultas, o que tem sido associado ao risco de mortalidade neonatal.
Apoio
Neste cenário, o contexto familiar de cada mulher é bastante significativo, assim como classe social. O apoio dado à mulher pelos familiares ao longo do processo da gravidez e pós-gravidez é fundamental porque ele é considerado um fator de proteção determinante na saúde mental materna.
É importante que a família e amigos observem as possíveis pequenas expressões de sofrimento na conduta da mulher, para que assim a busca por cuidado profissional possa ser realizada. A rede de apoio ajuda a desenvolver estratégias de enfrentamento da ansiedade, do estresse, reduzir o medo relacionado ao parto, entre outros.